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À beira de mim mesmo
poemas



Poema, Moderno racionalismo, Versos


Sinopse

Em meu caso, ser poeta é uma questão de sensualidade. Tocar as carnes da emoção sem medo de êxtases e orgasmos. E nada me encanta mais do que minha condição marginal de poeta neste mundo descarnado. Sei que a vida é uma árvore carnívora à sombra da qual realizo minha meditação do provisório. De um provisório que, porém, sempre permanece no fluxo do mundo.

Admiro os poetas que procuram (até achar) um rigor arquitetônico, de moderno racionalismo, para os seus versos. Eu os admiro sim. Mas não quero nada disso para mim. Que o sangue e o suor me imponham sua verdade e seus ritmos. Deixo o poema procurar seu rosto sem qualquer pudor de construções emocionais ou até arcaizantes. Eis porque, no escrever poemas, faço comungarem o novo e o remoto. O canto que me encanta é o da atemporalidade. Não peço que meus companheiros de caminho me concedam a atemporalidade; ela emergirá dos subterrâneos do meu fazer poético.

As sensualidades datadas negam-se a si mesmas. Evoco, nos poemas, a libido mais telúrica, o sexo sem tempo que desde sempre nos atormenta e santifica sobretudo santifica. Digo, com o poeta da música, que “dentro de mim mora um anjo / que tem a boca pintada”.

Metadado adicionado por Editora Mercado de Letras em 16/04/2018

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Metadados adicionados: 16/04/2018
Última alteração: 16/04/2018

Autores e Biografia

Morais, Regis de (Autor)

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