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Livro Impresso

Lógica e música
Conceitualidade musical a partir da filosofia de Kant e Hanslick



Kant, Hanslick, Filosofia da música, música


Sinopse

“É possível pensar musicalmente?” A questão colocada por Ricardo Nachmanowicz no início de seu livro pode ser considerada “clássica” em dois sentidos: tanto o é porque sempre retorna em toda estética da música, tornando-se a pedra de toque para a avaliação da fecundidade das respostas, como também porque, do ponto de vista formal, ela somente adquire sentido pleno, na tradição da música ocidental, a partir do período clássico ou, mais precisamente, entre este e o período romântico. Não é por acaso que os autores aos quais Nachmanowicz dedica seus esforços sejam Eduard Hanslick e, sobretudo, Kant. Ao primeiro, coube o reconhecimento de que “o ouvir atento” que caracteriza a apreciação de formas musicais tem um componente vinculado ao entendimento, uma condição singular que se mostra na medida em que se oculta: tudo ocorre como se a apreciação se fizesse de modo imediato, no estrito deixar-se levar pela sucessão das ideias musicais, conquanto esse abandono ao sentido das formas sonoras dependa, criticamente, de uma complexa operação do entendimento, o que significa que se dá de modo mediado (um passo que a noção de “ideia musical”, evocada por Hanslick, já indica). A Kant foi legada, por Nachmanowicz, a tarefa atlante de esclarecer essa condição da significação musical, uma tarefa que se desdobra na pergunta acerca da possibilidade de uma epistemologia da música...

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Metadados adicionados: 23/12/2016
Última alteração: 23/12/2016

Autores e Biografia

Nachmanowicz, Ricardo Miranda (Autor), Vieira, Vladimir (Prefácio), Neves, Eduardo Soares (Orelha)

Áreas do selo: ArtesHumanidadesLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalTeoria e crítica literária

(re.li.cá.ri.o) sm. 1. Rel. Caixa ou baú onde se guardam objetos pertencentes a um santo ou que foram por ele tocados. 2. Caixa ou baú onde se guardam objetos de grande valor afetivo. 3. Bolsinha com relíquias que alguns fiéis trazem no pescoço em demonstração de devoção. 4. Coisa preciosa, de grande preço e valor. [F.: Do lat. reliquiae, arum; 'relíquias'.] A proposta editorial da Relicário Edições aproxima-se da definição de seu verbete, com a diferença de que a transpomos para um sentido laico. Escritas por mãos humanas, as palavras são fruto de um amálgama de sentidos, percepções e afetos – muitas delas palavras-relíquias, signos carregados de aura, rastros de tempo. A verdade é que desde muito as palavras possuem uma morada cativa - o livro é por excelência o relicário das letras. Queremos dar continuidade à função mais cara que o livro escrito possui: preservar e divulgar os saberes e memórias postos em letras e palavras por seus autores. A Relicário Edições possui duas linhas editoriais que abrangem gêneros textuais diversos. A primeira é direcionada à produção acadêmica e científica nas áreas de ciências humanas, filosofia, estética, artes e estudos literários, contemplando publicações a partir de dissertações e teses, bem como coletâneas de artigos, ensaios e revistas acadêmicas. Nessa linha editorial contamos com um conselho avaliativo composto por nomes representativos das principais universidades do país, cuja experiência permite a avaliação da qualidade dos textos e de sua relevância para o debate nas áreas em que os escritos se inserem. Traduções de autores estrangeiros dessas áreas do conhecimento estão igualmente presentes em nossa proposta editorial, pois acreditamos que trazê-los à língua portuguesa constitui um serviço ao leitor interessado, ampliando a partilha do pensamento que nasce em determinado tempo e espaço, mas cujos destinatários e interlocutores podem estar [e estão] aqui e agora. A segunda linha editorial se volta para a publicação de textos de literatura em língua portuguesa e para a tradução de autores estrangeiros – ainda pouco divulgados no país – que transitam pelo romance, ensaios, contos, crônicas e poesia. “Por mais que o livro se apresente como um objeto que se tem na mão; por mais que ele se reduza ao pequeno paralelepípedo que o encerra: sua unidade é variável e relativa. No momento mesmo que o interrogamos, a forma perde sua evidência; ela não se enuncia nela própria, ela só se constrói a partir de um campo complexo do discurso.” [FOUCAULT, M.] "Obscuramente livros, lâminas, chaves seguem minha sorte." [BORGES, J,L.] "Nunca hay demasiados libros. Hay libros malos, malísimos, peores, etcétera, pero nunca demasiados." [BOLAÑO, R.]

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