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Livro Impresso

Toda a orfandade do mundo
Escritos sobre Roberto Bolaño



Roberto Bolaño, literatura chilena, literatura latino-americana


Sinopse

Esta é a primeira coletânea de textos de pesquisadores brasileiros sobre a obra do escritor chileno Roberto Bolaño. Organizado em três partes, o livro foca aspectos centrais da obra do escritor: questões tais como o peculiar retorno de uma mimese realista ante uma experiência de mundo violenta, caótica e carente de sentido; a revisão crítica da utopia das vanguardas estéticas e políticas que nortearam a geração dos anos 1970; o trânsito entre a poesia e as formas mais variadas da prosa que faz da indeterminação discursiva um estratégia de demolição da literatura; a experimentação com formas literárias abertas e móveis, cuja potência de significação abre a palavra literária a filiações antes impensadas; o sutil entrelaçamento de vozes que tecem as narrativas, colocando em cena instigantes relações entre sujeito, experiência e verdade; a marcante inscrição da vida num fazer literário que não aceita as formas assépticas de um esteticismo vácuo. O livro conta com textos de Marcos Natali, Gustavo Silveira Ribeiro, Graciela Ravetti, Maria Betânia Amoroso, Tiago Guilherme Pinheiro, Kelvin Falcão Klein, Clarisse Lyra, Mariana Di Salvio, Matt Bucher, Felipe Charbel e Rafael Gutiérrez.

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Metadados adicionados: 23/12/2016
Última alteração: 23/12/2016

Autores e Biografia

Ribeiro, Gustavo Silveira (Organizador), Pereira, Antonio Marcos (Organizador), Olmos, Ana Cecilia (Prefácio), Schøllhammer, Karl Erik (Orelha)

Áreas do selo: ArtesHumanidadesLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalTeoria e crítica literária

(re.li.cá.ri.o) sm. 1. Rel. Caixa ou baú onde se guardam objetos pertencentes a um santo ou que foram por ele tocados. 2. Caixa ou baú onde se guardam objetos de grande valor afetivo. 3. Bolsinha com relíquias que alguns fiéis trazem no pescoço em demonstração de devoção. 4. Coisa preciosa, de grande preço e valor. [F.: Do lat. reliquiae, arum; 'relíquias'.] A proposta editorial da Relicário Edições aproxima-se da definição de seu verbete, com a diferença de que a transpomos para um sentido laico. Escritas por mãos humanas, as palavras são fruto de um amálgama de sentidos, percepções e afetos – muitas delas palavras-relíquias, signos carregados de aura, rastros de tempo. A verdade é que desde muito as palavras possuem uma morada cativa - o livro é por excelência o relicário das letras. Queremos dar continuidade à função mais cara que o livro escrito possui: preservar e divulgar os saberes e memórias postos em letras e palavras por seus autores. A Relicário Edições possui duas linhas editoriais que abrangem gêneros textuais diversos. A primeira é direcionada à produção acadêmica e científica nas áreas de ciências humanas, filosofia, estética, artes e estudos literários, contemplando publicações a partir de dissertações e teses, bem como coletâneas de artigos, ensaios e revistas acadêmicas. Nessa linha editorial contamos com um conselho avaliativo composto por nomes representativos das principais universidades do país, cuja experiência permite a avaliação da qualidade dos textos e de sua relevância para o debate nas áreas em que os escritos se inserem. Traduções de autores estrangeiros dessas áreas do conhecimento estão igualmente presentes em nossa proposta editorial, pois acreditamos que trazê-los à língua portuguesa constitui um serviço ao leitor interessado, ampliando a partilha do pensamento que nasce em determinado tempo e espaço, mas cujos destinatários e interlocutores podem estar [e estão] aqui e agora. A segunda linha editorial se volta para a publicação de textos de literatura em língua portuguesa e para a tradução de autores estrangeiros – ainda pouco divulgados no país – que transitam pelo romance, ensaios, contos, crônicas e poesia. “Por mais que o livro se apresente como um objeto que se tem na mão; por mais que ele se reduza ao pequeno paralelepípedo que o encerra: sua unidade é variável e relativa. No momento mesmo que o interrogamos, a forma perde sua evidência; ela não se enuncia nela própria, ela só se constrói a partir de um campo complexo do discurso.” [FOUCAULT, M.] "Obscuramente livros, lâminas, chaves seguem minha sorte." [BORGES, J,L.] "Nunca hay demasiados libros. Hay libros malos, malísimos, peores, etcétera, pero nunca demasiados." [BOLAÑO, R.]

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